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Arda, cidadania, concessão, consciência ambiental, lazer, limpeza, participação cívica, património, pesca, preservação ambienal, repovoamento, rio, rio de montanha, trutas, Urtiarda, Urtigosa
A força da razão
Primeira imagem: rostos de pessoas. Pessoas com pessoas. Pessoas em defesa dos seus rios – o Urtigosa e o Arda. Estes rostos não hão-de merecer logo à noite abertura de telejornais não obstante poderem dizer-nos coisas tremendas. São rostos sensíveis: à Cultura, à Natureza, à sua Terra. Eles mostram-nos como se luta bravamente contra a mais perigosa das abstenções – a abdicação do sentido de comunidade.
Sou de um tempo em que a criação artística, a animação recreativa ou desportiva, a defesa do património e do ambiente – enfim, a cultura! – só nos chegava pela carolice de uns tantos.
Hoje, muita coisa mudou!
O consumo cultural mais possível é o dos hipermercados e dos poligrupos. A arte mais fácil é a dos circuitos oficiais e comerciais, patrocinada pelas grandes empresas. A animação mais viável faz-se a partir do interior dos departamentos do Estado e da Câmara, com os seus subsídios. A defesa do património ou do ambiente está entregue a gestores e instituições profissionais, mas distantes do terreno e das realidades locais.. A “co-produção” a vários carrinhos é meio caminho para um êxito que, por via da propaganda, é sobretudo aparente.
À primeira vista, tudo parece dizer que as associações populares é chão que já deu uvas e são ao mesmo tempo o inverno do nosso (des)contentamento. Os produtos que nos oferecem não podem competir com os que o mercado nos propôe. As pessoas parecem adaptar-se à sua categoria de «clientes-utentes». . .
E, no entanto. . .
Pára-se em Rossas e vê-se que a cultura e a defesa do ambiente não é uma flor de lapela, mas o crescimento colectivo da população, onde uma associação – a UrtiArda – conjuga vontades e funções, desde a pesca ao repovoamento do rio, desde o lazer à limpeza dos rios.
Na Associação UrtiArda, trata-se tudo com cuidado.
E gasta-se tempo e energia a lutar contra as crescentes agressões. É o caso do lixo! Continuar a ler