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O PCP considera que os cortes dos meios humanos e materiais de combate a incêndios, anunciados recentemente pela Comissão Nacional de Protecção Civil, «pode facilitar novos golpes e danos na floresta portuguesa, pondo em causa uma importante riqueza nacional e a própria segurança de pessoas e bens».

Numa nota da Comissão Nacional da Agricultura junto do Comité Central, o PCP chama a atenção para a dimensão dos cortes: redução em 775 elementos (7,7 por cento do efectivo do ano anterior), 15 meios aéreos (26 por cento do efectivo do ano anterior) e 158 viaturas (7 por cento do efectivo do ano anterior). Trata-se de um «um significativo corte nos recursos humanos e equipamentos, num dispositivo que ainda no ano passado evidenciou carências no combate aos fogos florestais».

Mas para o PCP nem sequer do ponto de vista da contenção orçamental esta redução dá garantias de cumprir os seus objectivos. Poderá mesmo sair mais cara: «Se os incêndios forem de grande dimensão será mesmo imprescindível afectar-lhes todos os meios necessários de combate e a improvisação e contratação de meios em piores condições financeiras, com a degradação das condições para um combate com prontidão fundamental para minimizar impactos e reduzir o alargamento dos incêndios.»

Além disso, lembra a Comissão, os incêndios florestais não têm apenas os custos do combate directo e os prejuízos em floresta ardida para os produtores. Significam também novas necessidades de importação de madeiras, envolvem prejuízos em bens materiais e ambientais, muitos dos quais públicos, ou que implicam custos para o Estado e podem ainda envolver perdas de vidas humanas.

O PCP acusa ainda os sucessivos ministros da Agricultura que fazem «declarações sonantes» quando estão a acompanhar fogos em pleno Verão e, após isso, muito pouco mais fazem para minimizar os riscos de incêndios florestais. Entretanto, o PCP reclamou do Governo a afectação dos meios necessários à prevenção e combate aos fogos.